Fala, turma! Tudo bem por aí? Espero que sim!
Hoje quero colocar a mão no vespeiro, onde dói e onde você, pequeno e médio empreendedor, não tem coragem de colocar luz. O que vejo por aí são empresas demitindo agências e agências demitindo clientes. O que é recorrente são agências ficarem um ou dois anos com o contrato do cliente sem saber nem o que é o produto. Até que um belo dia, no café da manhã, a esposa do empreendedor entra no Instagram da concorrência, vê um número gigante de seguidores, muitas curtidas e comentários, depoimentos de clientes satisfeitos e centenas de visualizações nos vídeos.
Neste momento, pode ter certeza de que ela pergunta ao empreendedor: “Olha aqui o Insta do fulano, a gente está morto.” E daí vem aquela pergunta matadora: “Quanto tempo a gente está com essa agência e quanto pagamos por mês?”. Quando ela faz a conta, já percebeu que gastou o valor de um carro e que não tem nem de perto o resultado que esperava. Até aí é fácil culpar as agências, mas no fundo, o problema se assemelha àquele funcionário que você adorou na entrevista e que chegou todo motivado na empresa. Aos poucos, por falta de um onboarding bem feito e de treinamento, vai apagando, entrando no modo piloto automático, até que você desiste dele e o troca. Mas note, neste caso, trocar seria só a consequência, mas a causa é você, empreendedor.
E por que falo isso?
Porque já fui esse, exatamente esse, que só contratava a agência pelo currículo e demitia pelo resultado. Mas no fim, descobri que o problema era minha falta de foco em uma área que é o coração da empresa. Como vou delegar para alguém falar de mim sem saber o que sou, o que faço e o que quero entregar de valor para o mercado? É quase como pedir para alguém escrever sua biografia baseada no que ela já viu por aí.
Mas pequeno e médio empreendedor, a culpa é sua também, não é do prestador de serviço que desiste de tentar, ora porque você só quer o básico, ora porque ele não entende o produto, o cliente que compra, e não há mais espaço para perguntar para não gerar dúvidas do trabalho. E assim, cliente e prestadores de serviço vão se aturando, um para manter a conta e outro para dizer por aí que tem uma área de marketing.
E agora?
Ok, Michel, e o que fazer neste cenário? Bom, eu amo internet, rede social, e sem medo de dizer que sou improdutivo, porque ali é uma fonte de conteúdo e do que não se deve fazer de forma abundante. Mas o que mais vejo na vida são perfis de empresas que são lindos, posts diários com homogeneidade nas postagens, e consigo identificar que é um perfil fracassado com três coisas que estão à vista ali no perfil da empresa.
A primeira é o número de seguidores; basta você ver que o perfil da empresa não é nem seguido pelos funcionários, ou seja, empreendedor e agência não fazem o mínimo esforço para pedir aos funcionários que se engajem no perfil, curtam, comentem, compartilhem. Se nem o time acredita naquilo ou conhece, por que o cliente deveria? O segundo ponto gritante é o conteúdo dos posts. Já fiz a pergunta para um empreendedor: “Você sabe o que este post quer dizer? Você entendeu o que foi comunicado aqui? Você entendeu esta campanha?” Ou seja, por falta de um relacionamento baseado em resultado, a agência pelo menos tenta cumprir uma agenda de postagens, já que não tem um direcionamento do empreendedor, ela faz o que consegue. E o terceiro e mais preocupante é que poucos ou nenhum cliente te segue. Eu costumo fazer assim quando estou dando conselhos: pergunto, “Empreendedor, quem são seus quatro principais clientes?”. Vou no perfil da empresa e pode ter certeza, os principais clientes não te seguem, ou seja, não interagem de forma digital com tua marca e, se não está acontecendo isso com você, pode ter certeza que alguém ele segue, e não é você.
O que fazer e como fazer:
Até aqui só falamos de redes sociais, mas poderíamos falar de sites desatualizados, LinkedIn inexistentes, canais no YouTube que não existem para educar seu cliente e por aí vai. E o que ele faz? Ele tem que buscar informação na concorrência, ou até mesmo um TikTok para vídeos curtos que nunca foi ao ar. Michel, até aqui foi só paulada, tiro e bomba. Eu entendi que o culpado sou eu, mas o que fazer? Que baita pergunta e a resposta é simples: rotina. Coloque na sua rotina, assim como financeiro, vendas, operações, pessoas e agora marketing. Crie um grupo de comunicação com seu prestador, troquem ideias, esteja atento. E copie, sim, copie o que está dando certo para os outros, e passe para ele adequar à tua realidade. Faça um planejamento mensal de marketing que você possa acompanhar a execução e acompanhe os números, chame a empresa toda para interagir com sua marca no digital, peça permissão para seus clientes para colocar depoimentos deles de sucesso.
É hora de agir!
Empreendedor, para pra pensar, não tem volta. Novos milionários e novas empresas nasceram somente no digital, tendo nenhum ou quase nenhum ativo, somente a marca e um bom marketing. Empresas que estavam quase morrendo entenderam o jogo e migraram para o digital. Talvez o cara que você está seguindo e tem como referência tenha começado depois de você a empreender e você só o conheceu porque ele soube jogar o jogo do marketing. E você ainda tentando responder às perguntas para sua esposa do início do texto. Né possível, como diz o mineiro.
Faça isto ser intencional, crie uma meta de vendas para este canal, chame seu prestador e peça para ele te vender o produto. Ajude-o e se ajude a romper em uma das áreas mais importantes da tua empresa, o Marketing, só para quando a demanda for tão grande que você precise internalizar o marketing. Até lá você não precisa se preocupar se sua agência sabe fazer site, mídias, artes, tráfego orgânico ou pago, lançamentos; sim, ela sabe, e se não sabe, ela sabe quem faz. Se preocupe em ensinar incansavelmente sua agência sobre você, o que você faz e o que você entrega. #chamaagenteprajornada